domingo, 20 de novembro de 2016

Educação financeira desde guri?


Desde criança nossos pais nos educam pensando em nos proporcionar a melhor qualidade de vida possível, com ensinamentos dentro de casa, educação em colégios bons e entretenimento possível, dentro do que eles possuem de opções – tanto culturalmente, como ambientalmente e economicamente falando.

E, em paralelo nosso pai e mãe começam a construir expectativas e sonhos do que esses pequenos seres humaninhos serão quando crescer: “um médico ou um advogado bem sucedido” ou então, “empresário ou engenheiro civil”. E por que eles pensam em tais modelos profissionais?

Pois, para a maioria (e não quero generalizar todos os casos), esses são exemplos de pessoas bem sucedidas, felizes nas suas vidas e carreiras profissionais, de acordo com as suas conquistas bem sucedidas.

A pergunta pode se estender e ir muito além do que estou esquematizando aqui, porém a questão chave é: o que seria alguém bem sucedido no mundo atual?
Uma das possíveis análises para descrever essa resposta seria levarmos como princípio a ideia que vivemos em um planeta onde a conquista da felicidade se mistura a ideia de aquisição de propriedades. O ter fala mais alto do que o SER humano.

Uma vez nos baseando que o capitalismo é a estrutura cerne para todas as nossas ações – ou pelo menos as principais delas – podemos pensar que a nossa busca de objetivos, da felicidade e, especialmente, do sucesso está diretamente ligada a possuir capital.
mas 
Bom, então voltando a criação desde muito pequenos que cada um de nós tivemos, podemos pensar e trazer a tona muitos exemplos de vivência e situações que nos deixaram frustrados ou deixaram nossos pais constrangidos porque não tiveram como pagar por aquele produto (brinquedo, comida, roupa) ou serviço (escola particular, aula de natação ou viagem).

Todas essas experiências, também acompanhadas com as nossas vivências na idade adulta nos transformam em pessoas que pensam, ou, ao menos imaginam que existam peças centrais para esse quebra-cabeça de alcançar as conquistas, desejos ou mesmo a felicidade. 

E então, logo na adolescência ou início da idade adulta, acontece aquele “choque” de realidade. E pensamos, mas e o que eu faço para conseguir TER aquilo que eu quero? 

Para você ter algo – e ser feliz – uma vez que a cultura ocidental nos faz acreditar nisso, é necessário ganhar muito dinheiro ou gerenciar aquele que você tem.

Então começamos a pensar: “se eu ganho 3000,00 reais por mês e gasto 2700,00 em alimentos, aluguel, carro, manutenção, gasolina, salão de beleza, educação, etc., “como vou fazer para ter mais dinheiro?” ou “como vou fazer para guardar o dinheiro para comprar a minha casa ou o meu carro?”.

A primeira das soluções é você tentar ganhar mais dinheiro todos os meses, e a segunda solução é você começar a pensar sobre como gerenciar melhor esse mesmo dinheiro que você ganha, e logo some do seu bolso.

Bom, para mim, a resposta mais completa envolve de forma homogênea as duas soluções propostas acima: ganhar mais dinheiro e administrá-lo de forma mais eficaz. E então a pergunta é: “como?”. 

Se você nunca ouviu falar sobre investimentos assertivos, fluxo de caixa ou, nem ao menos sabe calcular um juros compostos ou orçar quanto é gasto em transportes/alimentação/entretenimento/moradia/ água/luz por mês... a situação realmente está complicada para o seu lado.

Mas você não é responsabilizado sozinho por não saber sobre tudo isso. Você sabe que, mesmo sendo um bom aluno no colégio e na faculdade, nunca te ensinaram a fazer esse tipo de cálculo. 

Aliás, mesmo os seus pais terem pensado e sonhado com você sendo um advogado ou médico de sucesso, nem eles sabiam ou se preocuparam em te falar sobre juros sobre juros ou como administrar todas aquelas contas que chegam no começo do mês. 

Mas então, o que eu devo fazer?

Nos próximos artigos, vamos passar orientações práticas de como você pode estabelecer uma trilha e um rumo para a saúde do seu bolso.

Por meio desse blogger, podemos lhe ajudar com super dicas e orientações de como você pode gerenciar ou mesmo investir melhor o seu dinheiro. #Fiqueligadopsicologiadobolso


Priscila Guarnieri – psicóloga clínica com experiência também em consultoria, enxadrista, amante dos animais e, especialmente, de conversas cheias de novas ideias, reflexivas ou provocadoras.

O que você vai ter quando crescer?


Desde muito pequena, a criança é levada a escola para aprender, se desenvolver e, quem sabe um dia se profissionalizar e administrar a sua própria vida pessoal, profissional e financeira. Essas são as expectativas dos pais, mesmo antes da criança começar a andar.

Ironicamente, o filho passa pelo primário, ensino fundamental, médio e superior e, muitas vezes, não aprende a fazer um cálculo mais complexo e, muito menos, a como gerenciar a entrada e saída do seu dinheiro “ganho” mensalmente.

É incrível como nós, os nossos pais e, especialmente, as pessoas mais idosas – que já passaram por todas as vivências e desafios práticos de controlar os gastos – desejam enriquecer. E, mantemos esse desejo mesmo sem ter a base estrutural de como organizar o orçamento doméstico. 

Para pensar: como você pensa em enriquecer sem administrar o orçamento doméstico na ponta do lápis?

Em muitos casos, as pessoas “entregam” a possibilidade de ter uma vida financeira estabilizada ao destino, ou preferem jogar na Loteria toda semana ao invés de parar para pensar como esquematizar um pequeno projeto com entradas e saídas do din din. 

Muitas vezes mais saídas do que entradas, não é? 

Com a educação financeira ignorada ou deixada de escanteio, passamos a maior parte da nossa vida tentando ganhar dinheiro sem pensar como potencializar o seu uso – o que seria muito mais eficiente.

Para muitos, ter uma vida financeira equilibrada é questão de sorte. Essas pessoas vivem louvando a sorte dos outros e lamentado sua falta de sorte. Mas, e se tivéssemos uma educação financeira eficiente já na idade infantil e enquanto somos jovens, ao invés de sofrermos o resto da vida toda?

O que você faria de diferente se pudesse ter aprendido na escola sobre como administrar melhor o seu orçamento e investir o seu dinheiro? 

E hoje, você consegue equilibrar a sua vida financeira ou vive oscilando na corda bamba? 

Você passa adiante essa aprendizagem aos seus filhos ou pessoas mais jovens em prol de fazê-los serem mais bem sucedidos nas suas vidas financeiras?

As respostas dessas 3 perguntas são bastante reveladoras:

1. Elas nos mostram se você conseguiu aprender – mesmo depois de muita labuta – a organizar os seus ganhos e gastos. 

2. Sinaliza-nos se você consegue manter esse equilíbrio em sua vida, fazendo uma manutenção quase que diária desses mesmos ganhos e gastos, mantendo se na maior parte do tempo no azul.

3. E ainda, se o seu aprendizado foi tão eficiente ao ponto de fazer com que você se sinta capaz de ensinar algo para uma criança sobre economia ou finanças - mesmo de forma muito simples.

Caso você tenha passado por essas três perguntas e se sentido confiante em responder de forma positiva 2 delas, certamente você não só sabe valorizar o seu dinheiro, como também sabe gerenciar o sucesso da sua vida financeira.
Passar a controlar o dinheiro e fazê-lo trabalhar para você, ao invés de ser controlado e somente trabalhar por ele, mostra um sinal de maturidade com relação às finanças.

Utilizo esse blogger para expor meu conhecimento sobre a importância da psicologia quando o assunto é dinheiro. Divida esse texto com as pessoas, as quais você avalia precisar de dicas interessantes sobre relacionamento com o dinheiro.

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Eliab Xavier

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Três dicas para ter um bom relacionamento com o 13° salário

O dinheiro não foi criado de forma instantânea, ao contrário, ele foi criado aos poucos e sofreu modificações ao longo dos anos, mantendo as suas transformações nos dias atuais. O escambo era a forma antiga de se trocar mercadorias e, com o passar do tempo, essa prática se tornou inviável, devido a vários fatores.

Um dos principais fatores, era a medida injusta a qual o escambo era feito, pois era difícil ter um parâmetro como medida para as trocas, o que muitas vezes acontecia de, na troca de uma determinada mercadoria, um dos acordantes sair perdendo.

Atualmente, temos o dinheiro como um facilitador na troca por mercadorias, as quais precisamos. Porém, nem sempre compreendemos a real importância do dinheiro, pois ele assume diversos papéis e, na maioria das vezes, recheado de emoções.

Quantas vezes, possuídos por uma forte emoção, nós aceitamos comprar um produto ou serviço por um preço além do nosso orçamento?

Normalmente, nos meses de novembro e dezembro, recebemos o décimo terceiro salário e, dessa forma, acabamos tendo mais dinheiro no bolso. E, ter mais dinheiro no bolso em um período de várias confraternizações que comumente acontece no mês de dezembro, nos implica a um sentimento de que os meses seguintes também serão assim.

Estudos revelam que temos dificuldades para predizer como nos sentiremos no futuro, sendo assim, utilizamos o viés da projeção. De forma equivocada, assumimos que no futuro o nosso estado emocional será semelhante ao atual, o que nos leva a sermos mais propensos a utilizar nosso dinheiro sem levar em conta o os dias seguintes.

Nosso estado emocional está sempre se modificando, hora estamos nos sentindo bem, hora nos sentindo mal e, dependendo de qual seja a emoção e a intensidade que a sentimos, nossas decisões poderão ser influenciadas por ela e comprometer nossa renda futuramente.

Como utilizar bem nosso décimo terceiro? Eu diria que é interessante não confiar apenas na nossa mente, já que ela sofre influência emocional. Para isso, descrevi três orientações  nas quais devemos nos guiar:

1.        Coloque no papel o que você pretende fazer com seu dinheiro. Isso pode ser desconfortável para algumas pessoas que não têm esse hábito, mas é uma boa maneira de conhecer sua realidade financeira. Se você não se programar financeiramente, alguém fará isso por você e, poderá lhe custar toda a sua economia.

2.       Dificulte o acesso ao uso imediato do dinheiro. Quando você for sair para uma festa, for ao shopping ou fazer qualquer outro passeio, leve na carteira apenas a quantidade de dinheiro que pretende utilizar. Isso evitará a realização de uma compra a qual você não se programou.

3.       Invista o dinheiro que sobrou . Investir dinheiro é aplicá-lo com a intenção de se ter retorno no futuro. Existe disponíveis várias formas de aumentar seu capital, basta buscar conhecê-las, pois tem as mais complexas como investir no mercado financeiro como as mais simples. Por exemplo, comprar alguma coisa e revender por um valor maior, ou até mesmo colocar na poupança enquanto não surge um outro investimento mais rentável e com um risco que você possa assumir.

Procurar conhecer a melhor forma de utilizar o dinheiro é uma boa ferramenta, não devemos desconsiderar a importância de um consultor financeiro ou até mesmo de pessoas que consideramos ser de confiança e que tenha um bom relacionamento com o dinheiro.

Utilizo esse blogger para expor meu conhecimento sobre a importância da psicologia quando o assunto é dinheiro. Divida esse texto com as pessoas as quais você julga precisar de dicas interessantes sobre relacionamento com o dinheiro.

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Eliab Xavier

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O que fazer com o décimo terceiro salário?

            A crise financeira é uma realidade em meio a tanto desemprego. Não tem como negar que isso gera um grande desconforto, tanto para os que vivenciam quanto para os que presenciam o desemprego, tal fenômeno gera uma insegurança sem dimensões.
           Quando há uma crise, nós necessitamos fazer novos arranjos, adiamos projetos, abrimos mão de certo conforto, etc. Para toda mudança, desprendemos certa quantidade de energia para nos adaptarmos. Porém, isso nem sempre acontece de forma amigável.
            Lamentavelmente, devido a vários fatores, essas mudanças nos custam  muito caro, alguns chegam a sofrer a ponto de terem diversos prejuízos, como perda da saúde, perda de relacionamentos e, em casos mais graves, a própria vida.
          Numa sociedade em que o “ter” vem antes do “ser”, o poder econômico é o responsável muita das vezes pela autoestima de um indivíduo, tais pessoas, por vezes, não aprenderam o valor da vida.
          Vivemos em um meio social onde o consumo dita nossas vidas. Estamos chegando ao fim do ano, as lojas estão ganhando a cara do Natal, o marketing e a publicidade, como ferramentas do capitalismo se armam para gerar desejos de consumo. 
         O Natal, por si só, é carregado de afeto e de emoções, pois é uma data comemorativa religiosa e, por ser um período religioso representativo para as famílias, faz com se torne árdua a tarefa em dizer não ao vendedor quando estamos repletos de emoções e o comerciante armado de habilidades em vendas.
          Em meio a tudo isso, é difícil ser dono do décimo terceiro salário, uma vez que as promessas de quitar as dívidas ou guardar uma parte do dinheiro numa poupança ou em algum investimento logo descem rio a baixo, muitas das vezes sem nos darmos conta.
         Isso não é novidade, mas por que as coisas se repetem todo ano? Por que não respeitamos a promessa de poupar?  Será que é por falta de amor? De caráter? De responsabilidade? Pode ser que em alguns casos seja sim, mas em muitos, é por falta de um relacionamento saudável com o dinheiro.
          Estarei por meio desse Blogger, postando textos que favorecerá nosso relacionamento com nosso dinheiro. Compartilhe as informações com as pessoas que precisam lidar melhor com as finanças.

comente o quanto é interessante esse texto.

Eliab Xavier
           

domingo, 13 de novembro de 2016

Psicologia Econômica


Olá pessoal! Há poucos dias da conclusão da graduação em Psicologia, me sinto ansioso e pronto para exercer a profissão que escolhi.  A partir deste blog, pretendo compartilhar todo o conhecimento que obtive durante minha jornada acadêmica.  A intenção é inserir o leitor na proposta,  fazendo-o parte do assunto em debate, conflitando ideias e trocando experiências.  Vamos utilizar a  Psicologia  e agregá-la a conteúdos relacionados à Finanças.
     
★Você pode estar se perguntando o que a psicologia tem a ver com dinheiro? Gostaria de lhe informar que você não está sozinho em seus questionamentos. Este estranhamento acontece não apenas com você. Muitos, se encaixam neste perfil, inclusive profissionais da própria psicologia.
 Afinal, não é um conteúdo que se ouve em qualquer lugar, apenas alguns profissionais tem dedicado o seu tempo e esforço para desenvolver estratégias que favoreçam a relação homem-dinheiro.
 Mesmo diante de pouco conteúdo acerca do assunto, no Brasil, é possível desenvolver um bom trabalho e prestar um bom serviço, acreditando nisso vamos buscar aprofundamento sobre o tema.
 O termo Psicologia Econômica é usado por alguns autores, enquanto outros preferem utilizar os termos Psicologia Financeira, Psicologia do Consumidor ou Psicologia e Consumismo.  Estas diferentes nomenclaturas não afetam nosso estudo, e sim, a contribuição delas.
 A Psicologia Econômica, no Brasil, ainda está dando os primeiros passos, não existe nenhuma formação específica nessa área, e o que vemos são cursos voltados à econômia comportamental e alguns pesquisadores que formam grupos de estudos para discutirem algum conteúdo específico.
Acredito que em breve teremos especializações específicas nesta área.  Enquanto isso, vamos nos alimentar com o que já foi publicado e estimular novos estudos.
Vou publicar periodicamente determinados temas como Decisão, Dívidas, Conflitos, Emoção e Ansiedade, entre outros.

Estarei aberto à sugestões de temas e conto com todos vocês.


 ★Inscrevam-se, compartilhem, opinem, comentem e tirem suas dúvidas.

Eliab Xavier quer te ajudar.

Um grande abraço.